O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (#Intercom2011), que será sediado pela Universidade Católica de Pernambuco, em Recife, dos dias 02 a 06 de setembro, com o tema Quem tem medo da pesquisa empírica?, contará com a apresentação de trabalhos de nove integrantes do Grupo de Trabalho TV em Transição. Além da participação nos GPs, alguns pesquisadores do Grupo ministrarão oficina e minicurso.
Confira, abaixo, os títulos e os resumos dos trabalhos aprovados. Em seguida, os títulos das oficinas e do minicurso.
TRABALHOS APROVADOS
GP CIBERCULTURA
Reflexões iniciais sobre o papel do curador nas mídias sociais | Alanna da Cunha Maltez e Souza |
O grande volume de informação e a disposição delas na Internet diminuem cada vez mais a produtividade e a usabilidade da rede. Por isso, filtros que controlem e organizem o fluxo de informações produzidas por usuários e sistemas se fazem necessários. É preciso pensar nessa solução não só na versão automática, mas também social, ou seja, por meio dos filtros sociais. Na internet, redes sociais compostas por atores que possuem interesses em comum funcionam como esse tipo de mecanismo. Ao integrar essa redes, os indivíduos têm acesso à informações de qualidade, detalhadas e qualificadas. Porém, é importante também pensar nos atores que compõem essas redes e são ativos nelas. Daí,surge o papel do usuário curador em mídias sociais. É tal conceito que se busca começar a desenvolver a partir desse trabalho.
GP PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Marcas e transmedia storytelling: a estratégia de contar histórias em multiplataformas para envolver os novos consumidores.| Marcela Costa da Cunha Chacel |
O mundo mudou, o consumidor mudou, o consumo de informação mudou e as marcas parecem empregar as velhas regras como estratégias de comunicação entre os consumidores. Neste sentido, o presente trabalho visa refletir sobre o que entendemos como uma tendência, a utilização de transmedia storytelling, ou narrativas transmidiáticas na tentativa de dialogar com os novos consumidores, através de uma abordagem que reflete a conjuntura atual e a mudança de comportamento de tais consumidores.
GP TELEJORNALISMO
Um estudo do quadro “Medida Certa”: um novo momento ao reality show e ao jornalismo na TV? | Talita Rampazzo Diniz |
Neste trabalho será descrito e analisado o quadro “Medida Certa – 90 dias para reprogramar o corpo”, exibido pelo “Fantástico”, entre 3 de abril e 26 de junho de 2010. O material chamou a atenção por ter feito os jornalistas Zeca Camargo e Renata Ceribelli participarem do desafio para perder medidas e melhorar o condicionamento físico em uma produção televisiva que possuía traços de reality show e de jornalismo. Por se constituir em uma inovação, o quadro merece ser discutido para que se possa dar conta também de outras produções televisivas futuras.
Convergência e diálogo de sentidos no telejornalismo da TV digital | Águeda Miranda Cabral, Alfredo Vizeu, Giovana Mesquita, Lívia Cirne |
A mudança de base tecnológica, com a imposição do padrão digital, a apropriação da edição não linear e os novos processos de produção e consumo simultâneos de mídias, por meio do fenômeno da convergência, entre outros, têm impulsionado efeitos de sentido no telejornalismo diferentes do que presenciávamos no padrão anterior. Com base nisto, o presente trabalho tem o intuito de apresentar um cenário marcado pela alteração das lógicas produtiva e de consumo e pelo diálogo de sentidos no telejornalismo. Projeta-se também que o jornalismo de TV deverá sofrer mudanças de maneira mais incisiva perante a emergência e a consolidação do sistema de televisão digital.
GP FICÇÃO SERIADA
Expansão da linguagem ficcional na TV Globo: uma análise da série “Norma” | Diego Gouveia Moreira |
O avanço de outras mídias, o processo de convergência midiática e a digitalização da TV têm reconfigurado a ficção televisiva. Novos formatos de dramaturgia são estruturados para acompanhar as demandas do novo cenário da comunicação, que privilegia, entre outros princípios, a colaboração do público e o lançamento de conteúdos em múltiplas plataformas. Em 2009, a TV Globo criou a série “Norma”. Da página na web, os roteiristas tiraram algumas ideias, sugestões e temas que foram usados no desenvolvimento da trama. Este artigo tem como objetivo problematizar como “Norma” contribuiu para diversificação da linguagem ficcional na TV. Para isso, foram utilizadas teorias relacionadas à linguagem, discurso, narrativa na cibercultura, convergência midiática e transmidiação. Ao final do trabalho, observa-se que o programa contribuiu para o avanço de novas linguagens na TV.
GP TELEVISÃO E VÍDEO
O potencial da cultura de nichos: um olhar sobre o fandom | Flávia Gonçalves de Moura Estevão |
A performance da esfera digital trouxe, ao cenário da mídia tradicional, a necessidade de transição e adaptação a novos fluxos de socialização e comunicação, sintonizados com a convergência tecnológica e midiática. A televisão, com a audiência fragmentada pela diversificação de canais midiáticos e desenvolvendo uma cultura de consumo mais seletiva e participativa, pluraliza seus produtos e traz à tona uma cultura de nichos para o maior alcance de públicos. Este trabalho pretende ressaltar a importância do fandom – comunidade/cultura de fãs- , enquanto integrante deste mercado de nichos, que potencializa-se como oportunidade de fidelização da audiência televisiva, além de estabelecer-se como fluxo promocional, à medida que apresenta mobilizações em torno do laço afetivo com a narrativa da TV.
Televisão digital e diversificação da produção de conteúdos: relato de uma experiência no telejornalismo | Yvana Carla Fechine de Brito, Carlos Ferraz, Lívia Cirne, Jorge Fonseca|
Dentre as potencialidades técnico-expressivas da televisão digital, a multiprogramação, ainda vetada no Brasil, apresenta-se como promessa de qualificação e diversificação dos conteúdos. Este artigo relata uma experiência de exploração da multiprogramação para diversificação da produção de conteúdos da TV, a partir da elaboração interdisciplinar de um protótipo para disponibilização de conteúdos adicionais em um telejornal local. O experimento baseia-se na utilização de um aplicativo para gerenciamento de fluxos informacionais e na exploração do que denominamos de “princípio da alternância de segmentos”.
Aplicações digitais interativas: um novo caminho para o texto no vídeo | Pollyanna Wanderley do Rêgo Barros Melo |
Com a implantação da TV digital, ainda que de forma tímida, as aplicações interativas passam a ser uma realidade na televisão brasileira. Através das propriedades de hipertexto que elas assumem, o telespectador é capaz de navegar pelos mais diversos conteúdos televisivos. Observando a produção televisual analógica somada às experiências interativas no meio digital, essa pesquisa pretende apontar alguns caminhos que o texto deverá seguir no vídeo, levando em consideração sua nova propriedade interativa e usabilidade. No momento em que a audiência televisiva encontra-se cada vez mais fragmentada, as aplicações interativas textuais poderão ser uma alternativa simples para fazer com que o telespectador/usuário passe mais tempo em contato com o programa.
OFICINAS E MINICURSO
Oficina 42 | NARRATIVA TRANSMÍDIA: CONCEITUAÇÕES E PRÁTICAS
Vicente Gosciola (Universidade Anhembi Morumbi), Denis Renó (Universidade Complutense de Madri), Marcela Costa (UFPE), Nathan Nascimento Cirino (UFPE)
Oficina 33 | TV DIGITAL: NOÇÕES BÁSICAS, DESAFIOS E RECONFIGURAÇÃO DO TELEJORNALISMO
Lívia Cirne (UFPE) e Jorge Fonseca (CIn/ PPGCI)
Minicurso 21 | LINGUAGEM JORNALÍSTICA X INTERATIVIDADE
Talita Rampazzo Diniz (UFPE)
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