Braulio Mantovani (Tropa de Elite I e II) e Nathan Cirino (GTVT) |
O instituto presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, realizou nos dias 16 a 19 de novembro o I Workshop de Tecnologias para o Vídeo Digital e o II Seminário Histórias de Roteiristas, abordando o crescimento da área de vídeo e roteiro no mercado do entretenimento brasileiro. O membro do GTVT Nathan Cirino (@nathancirino) acompanhou os eventos com publicação de seu artigo intitulado “A interface do filme interativo e sua usabilidade narrativa”, apresentado na mesa temática de novas mídias, no último dia do evento.
Na terça, dia 16, o workshop trouxe diversas tecnologias de câmeras da Panasonic e Sony, representadas por membros das respectivas companhias, falando de tudo que há de mais novo nas linhas de produção das fabricantes. O destaque foi para câmeras que filmam com resolução de mais de quatro mil linhas, chamadas câmeras 4k, e para o modelo 3DA1, a câmera com duas lentes que filma em 3D, da Panasonic. Entre demonstrações de novas tecnologias e softwares para tratamentos de imagem e edição de vídeo estereoscópico, o workshop contou com discussões muito relevantes sobre a implementação do sistema 3D na televisão aberta brasileira.
Dos dias 17 a 19, o II Seminário histórias de roteiristas trouxe diversos convidados entre teóricos e profissionais do roteiro para discutirem a chamada “era dos roteiristas”, onde, segundo alguns palestrantes, nunca se precisou tanto de pessoas que estejam capacitadas para organizar e criar universos narrativos. Entre os convidados estavam nomes como Newton Cannito, atual secretário do audiovisual do Ministério da Cultura e também roteirista, e Roberto Moreira, professor de roteiro da ECA –USP. Outros nomes fortes do mercado estiveram presentes como Karolina Kotscho, roteirista do filme Dois filhos de Francisco, e Bráulio Mantovani, roteirista dos filmes Tropa de Elite 1 e 2, e também único brasileiro indicado ao Oscar por melhor roteiro, por seu trabalho no filme Cidade de Deus.
O workshop e o seminário realizados pelo Instituto Mackenzie trouxeram à tona a importância de se discutir e compartilhar experiências relacionadas ao roteiro de ficção e associá-las ao desenvolvimento das tecnologias da atualidade. A “era dos roteiristas”, como foi colocado durante o evento, não tem apenas foco no profissional do roteiro, nem muito menos nas tecnologias e linguagens novas, mas sim na construção de uma linguagem narrativa que consiga associar a boa produção de conteúdo com o melhor que a tecnologia tem a oferecer.
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